Sábado, 6 de Agosto de 2005
McNamara
Por:
Jorge A. Vasconcellos e Sá
Ex-n.º 2 da empresa Ford, 7 anos ministro da Defesa americano e 13 anos Presidente do Banco Mundial, Robert McNamara publicou uma obra que apresenta as principais lições da sua vida.
Foquemos numa: empatia com o adversário, isto é conhecer o inimigo.
No dia 27 de outubro de 62, no auge da crise dos mísseis de Cuba, a administração americana recebeu 2 mensagens de Krutschev, uma após a outra.
A 1.ª, suave, essencialmente dizia: se prometer não invadir Cuba, não instalaremos os mísseis nucleares (soviéticos de Cuba).
A 2.ª, dura, lia: se atacar , retaliaremos. Não ouse.
Kennedy inclinava-se para responder à 2.ª (última) mensagem até porque estava quase convencido que não conseguiria por meios pacíficos retirar os mísseis.
Foi então que Thomson, ex-embaixador americano na URSS e que tinha convivido muito com Krutschev lhe disse: são as pessoas à volta de Krutschev que o obrigaram a escrever a mensagem dura; responda à suave; e aceite.
E acrescentou: Krutschev, não quer a guerra mas é muito vaidoso; e não tem força suficiente no comité central para sobreviver a uma humilhação em Cuba. Portanto está à procura de algo para dizer ao povo soviético e salvar a face.
Kennedy assim fez e a crise resolveu-se, contra a oposição dos militares que queriam invadir Cuba, argumentando que a guerra (com Cuba e a URSS) era inevitável e que dada a superioridade americana, quanto mais cedo, melhor.
Nas empresas, poucas são tão importantes como isto: colocarmo-nos nos pés dos adversários e ter empatia com eles.
Se a competência fundamental de um concorrente é em tecnologia optoelectrónica (Ex: Sharp), a partir de camaras de video, etc. ele irá produzir naturalmente calculadoras, micro-ondas, CDs, visores para PCs, instrumentos de aviação, etc (tudo produtos que partilhem aquela mesma competência). Mas se a sua competência especial estiver na produção de lentes (ex. Cannon), já é de esperar que a partir de câmaras de vídeo evolua para o mercado das fotocopiadoras e litografia.
Quer a Yamaha, quer a Honda começaram ambas como produtoras de motas (pequenas, no início). Mas a Honda via-se como tendo competência no fabrico de motores. Isto levou-a das motas aos carros, tractores, máquinas de cortar relva, motores para aviões, etc.
A Yamaha, essa, via-se como satisfazendo a necessidade de lazer: resultado? Das motas passou aos pianos, guitarras, equipamento de ski, raquetes de ténis, etc.
Como conseguem as empresas conhecer os concorrentes? Montando um gabinete sombra que se dedica a produzir relatórios (curtos e periódicos) sobre 1) estratégia, 2) valores, 3) competências e (consequentemente antever as) 4) acções dos competidores mais importantes.
Como disse Sun Tzu: se o inimigo te conhecer melhor do que tu a ele, estarás sempre em perigo; se o conhecimento mútuo for semelhante, há 50% de hipóteses de sucesso para cada lado; mas se o conheceres melhor que ele a ti, em 100 batalhas, nunca estarás em perigo.
Injustiça!
Por:
João Cardoso Rosas
Para sabermos se os gritos de injustiça têm algum conteúdo, temos de saber primeiro em que consiste a justiça.
A revolta dos funcionários é generalizada. Todos protestam contra o fim das promoções automáticas e das reformas antecipadas. Os professores sentem-se maltratados porque terão de passar mais tempo nas escolas. Os juizes estão indignados com o emagrecimento das férias judiciais. Os polícias manifestam-se contra a igualização dos sistemas de saúde. Os militares organizam reuniões de protesto contra o aumento do tempo requerido para passar à reserva. Os deputados ameaçam revoltar-se caso as suas alcavalas sejam cortadas. Segundo os jornais, até o ex-ministro das finanças ficou indignado com a injustiça que lhe fizeram ao expor na praça pública a sua reforma, conseguida ao fim de seis longos anos de trabalho. Enfim, revoltam-se os governados e até os governantes, pelo menos quando descobrem que também são governados.
Enquanto professor, estou habituado a revoltas e a gritos de Injustiça!. Sempre que publico os resultados de um exame segue-se uma série de visitas de estudantes ao meu gabinete. Trazem espelhadas no rosto as suas negativas. Compreendo a desilusão dos estudantes, mas acho mais interessante a sua aparente revolta moral. Os estudantes, tal como os funcionários, acham-se profundamente injustiçados sempre que as coisas correm mal mas, curiosamente, nunca detectam injustiças quando tudo lhes corre bem. Nunca um estudante vem protestar por ter tido 16 valores quando não o merecia; nunca um ministro duvida da justiça de uma reforma insólita.
Os gritos de injustiça, na maior parte dos casos, não exprimem qualquer indignação genuína com a injustiça do mundo em que vivemos. Se assim fosse, todos estaríamos quotidianamente na rua a gritar pelo fim da pobreza absoluta, ainda que à custa do abaixamento dos nossos padrões de vida. Em geral, os gritos de injustiça são uma forma racionalizada - no sentido psicológico - de exprimir descontentamento. Mas este descontentamento pode bem referir-se a uma situação que é inteiramente justa, tal como uma situação perfeitamente injusta pode gerar uma acomodação auto-satisfeita.
Para sabermos se os gritos de injustiça têm algum conteúdo substantivo, temos de saber primeiro em que consiste a justiça. Armados de uma concepção de justiça, poderemos então localizar as injustiças, mas não antes. Pensemos no caso específico das desigualdades na distribuição de rendimentos e benefícios sociais. Uma das visões presentes na nossa sociedade considera que estas desigualdades são injustas e que o Estado as deve corrigir. A nossa cultura, cristã e moderna, leva-nos a considerar que todos os homens são iguais em dignidade e direitos. Se não há escravos naturais, se não existem hierarquias sociais fixas, também não parece haver razões para admitir, em princípio, qualquer desigualdade na distribuição de rendimentos e outros benefícios.
A visão contrária a esta considera que a sociedade é desigual por natureza e não há muito a fazer em relação a isso. Algumas pessoas têm mais e outras têm menos, da mesma forma que uns tem os olhos escuros e outros os têm claros, ou que uns têm jeito para o negócio e outros para o ócio. Se o Estado quiser corrigir estas desigualdades estará a intrometer-se na liberdade individual e a gerar uma série de efeitos perversos. Por isso, mais vale deixar a distribuição dos rendimentos e de outras vantagens da vida em sociedade aos mecanismos do mercado.
Nenhuma destas duas visões da justiça parece dar razão à revolta em curso. A visão anti-igualitária justifica facilmente os cortes na despesa do Estado com os seus funcionários e convida a transferi-los, tanto quanto possível, para o sector privado. A perspectiva igualitária, por seu turno, está mais preocupada com os que estão pior (os muito pobres, os desempregados) e não propriamente com a redução de algumas regalias especiais, sejam elas de trabalhadores administrativos, de militares ou de deputados. Em suma: quando alguém grita Injustiça! isso não significa necessariamente que, para além do ruído, exista um argumento.
Injustiça!
Para sabermos se os gritos de injustiça têm algum conteúdo, temos de saber primeiro em que consiste a justiça.
A revolta dos funcionários é generalizada. Todos protestam contra o fim das promoções automáticas e das reformas antecipadas. Os professores sentem-se maltratados porque terão de passar mais tempo nas escolas. Os juizes estão indignados com o emagrecimento das férias judiciais. Os polícias manifestam-se contra a igualização dos sistemas de saúde. Os militares organizam reuniões de protesto contra o aumento do tempo requerido para passar à reserva. Os deputados ameaçam revoltar-se caso as suas alcavalas sejam cortadas. Segundo os jornais, até o ex-ministro das finanças ficou indignado com a injustiça que lhe fizeram ao expor na praça pública a sua reforma, conseguida ao fim de seis longos anos de trabalho. Enfim, revoltam-se os governados e até os governantes, pelo menos quando descobrem que também são governados.
Enquanto professor, estou habituado a revoltas e a gritos de Injustiça!. Sempre que publico os resultados de um exame segue-se uma série de visitas de estudantes ao meu gabinete. Trazem espelhadas no rosto as suas negativas. Compreendo a desilusão dos estudantes, mas acho mais interessante a sua aparente revolta moral. Os estudantes, tal como os funcionários, acham-se profundamente injustiçados sempre que as coisas correm mal mas, curiosamente, nunca detectam injustiças quando tudo lhes corre bem. Nunca um estudante vem protestar por ter tido 16 valores quando não o merecia; nunca um ministro duvida da justiça de uma reforma insólita.
Os gritos de injustiça, na maior parte dos casos, não exprimem qualquer indignação genuína com a injustiça do mundo em que vivemos. Se assim fosse, todos estaríamos quotidianamente na rua a gritar pelo fim da pobreza absoluta, ainda que à custa do abaixamento dos nossos padrões de vida. Em geral, os gritos de injustiça são uma forma racionalizada - no sentido psicológico - de exprimir descontentamento. Mas este descontentamento pode bem referir-se a uma situação que é inteiramente justa, tal como uma situação perfeitamente injusta pode gerar uma acomodação auto-satisfeita.
Para sabermos se os gritos de injustiça têm algum conteúdo substantivo, temos de saber primeiro em que consiste a justiça. Armados de uma concepção de justiça, poderemos então localizar as injustiças, mas não antes. Pensemos no caso específico das desigualdades na distribuição de rendimentos e benefícios sociais. Uma das visões presentes na nossa sociedade considera que estas desigualdades são injustas e que o Estado as deve corrigir. A nossa cultura, cristã e moderna, leva-nos a considerar que todos os homens são iguais em dignidade e direitos. Se não há escravos naturais, se não existem hierarquias sociais fixas, também não parece haver razões para admitir, em princípio, qualquer desigualdade na distribuição de rendimentos e outros benefícios.
A visão contrária a esta considera que a sociedade é desigual por natureza e não há muito a fazer em relação a isso. Algumas pessoas têm mais e outras têm menos, da mesma forma que uns tem os olhos escuros e outros os têm claros, ou que uns têm jeito para o negócio e outros para o ócio. Se o Estado quiser corrigir estas desigualdades estará a intrometer-se na liberdade individual e a gerar uma série de efeitos perversos. Por isso, mais vale deixar a distribuição dos rendimentos e de outras vantagens da vida em sociedade aos mecanismos do mercado.
Nenhuma destas duas visões da justiça parece dar razão à revolta em curso. A visão anti-igualitária justifica facilmente os cortes na despesa do Estado com os seus funcionários e convida a transferi-los, tanto quanto possível, para o sector privado. A perspectiva igualitária, por seu turno, está mais preocupada com os que estão pior (os muito pobres, os desempregados) e não propriamente com a redução de algumas regalias especiais, sejam elas de trabalhadores administrativos, de militares ou de deputados. Em suma: quando alguém grita Injustiça! isso não significa necessariamente que, para além do ruído, exista um argumento.
Vamos ao importante
Projectos que impliquem investimento público de elevado montante devem merecer uma particular atenção.
O investimento público é naturalmente necessário e útil se for realizado em níveis compatíveis com o objectivo de redução da despesa pública face ao PIB e se partir dum escrutínio exigente relativamente à sua qualidade, benefícios, riscos, rentabilidade e prioridade.
Projectos que impliquem investimento público de elevado montante (como a Ota e o TGV, ou as scuts na sua versão de rendas a pagar pelo Estado) devem merecer uma particular atenção e uma metodologia própria de avaliação e aprovação, dado o seu peso específico e importante impacto e também porque estão sujeitos a maiores riscos de derrapagem e a potenciais custos excessivos de manutenção.
Projectos deste tipo não devem avançar se não existir uma avaliação protagonizada por uma comissão que inclua membros independentes, tecnicamente qualificados e que proponha a realização destes investimentos ao Estado, publicando-se os respectivos estudos e sujeitando-os ao necessário contraditório.
Não estamos a falar de estudos avulsos e genéricos, mas duma avaliação específica para cada projecto, que leve a uma recomendação específica, assumida por responsáveis concretos que a subscrevem e que ficará sujeita a uma decisão final necessariamente política.
Nesta avaliação, para além da justificação do investimento per si, é também necessário evidenciar quais os investimentos que o Estado deixará de fazer se optar pelo investimento em causa, devendo ser devidamente explicitada a razão da sua prioridade.
Depois duma decisão política positiva, na fase de implementação também deverão ser designados responsáveis concretos e de novo garantido o respectivo acompanhamento público.
É assim importante que, para além da responsabilidade política (que nem sempre é fácil de atribuir dada a elevada rotação dos governos e a longa duração dos projectos), exista também uma responsabilidade técnica e pública dos que recomendam o projecto e dos que o implementam.
Quando se pretende associar a iniciativa privada a estes investimentos existe ainda outro tipo de preocupação a ter, e que deverá também fazer parte da avaliação do projecto.
Tem que se clarificar com detalhe em que condições é que os privados vão entrar, como se vão seleccionar os candidatos, quais os riscos que os privados vão correr e quais é que permanecerão no Estado.
Anunciar projectos de investimento público de elevado montante e importantes consequências como definitivos, e começar desde logo a incorrer em custos relevantes correlacionados, sem que estas condições estejam devidamente preenchidas, não parece corresponder ao verdadeiro interesse público.
Enganador será também considerar que o investimento público per si (ou qualquer plano tecnológico enquanto tal, dirigido e com forte intervenção directa do Estado) será o principal motor do crescimento económico.
O principal motor do crescimento económico é a criação dum enquadramento favorável ao empreendorismo, à iniciativa dos cidadãos e à atracção e retenção de investimento privado de qualidade.
Tal passa por uma maior qualificação dos recursos humanos, por um sistema fiscal competitivo (na sua carga fiscal, transparência, racionalidade e previsibilidade), por uma legislação laboral flexível, por uma simplificação dos processos e licenciamentos do Estado (menos burocracia), por uma justiça mais célere e eficaz, por uma melhor relação entre universidades, centros tecnológicos e empresas, por mercados abertos e em sã concorrência, por uma melhor qualificação urbana e rural, por adequadas e competitivas infra-estruturas de comunicação, transportes e logística, etc..
É nestas matérias prioritárias (nalgumas das quais o investimento público poderá ter um papel, essencialmente complementar, a desempenhar) que se aguardam medidas concretas, profundas, consistentes e integradas, que alterem o enquadramento à actividade dos cidadãos e das empresas, e que os estimulem a criar mais riqueza, condição essencial para que a nossa sociedade venha a alcançar os seus objectivos últimos.
Competitividade e... dinheiro dos outros
... Dos directores destas companhias (joint stock companies), sendo administradores mais do dinheiro de terceiros do que do seu próprio dinheiro, não se pode esperar que cuidem dele com a mesma vigilância aturada com que frequentemente os membros de uma sociedade privada cuidam do seu (...).
Deste modo, a negligência e o esbanjamento têm sempre, mais ou menos, que prevalecer na administração dos negócios de uma companhia deste tipo.
Quem afirmou isto foi Adam Smith, há mais de duzentos anos, algo que os seus pseudo seguidores esqueceram, apesar dos mais recentes escândalos da gestão de grandes empresas nos Estados Unidos e na Europa. Esse esquecimento manifesta se sobretudo pela continuada discussão sem sentido do público versus privado que, não raramente, degenera na discussão do governo vs Privado.
Adam Smith não distingue o governo da área privada, mas sim, numa linguagem mais moderna, o agente do principal.
É evidente que toda esta discussão se põe no contexto extremo da defesa do egoísmo estrito, tantas vezes associado, erradamente, a Adam Smith.
Basta, para o mostrar, lembrar outra das suas posições: Por mais egoísta que um homem possa ser, há evidentemente na sua natureza alguns princípios que o interessam pela sorte dos outros e tornam a felicidade deles necessária a si próprio, embora disso não usufrua nada, a não ser o prazer de a ver.
Um olhar atento às duas citações de Adam Smith pode evidenciar uma latente contradição: se eu me interesso pela felicidade do outro, então trato dos seus negócios tão bem quanto dos meus, porque isso o fará feliz e eu sinto me bem por o ver feliz, seria a conclusão extremada da segunda citação. O caro leitor já estará, por certo, a rir se de tanta ingenuidade ou utopia... e tem razão.
Mais creio que, de qualquer modo, vale a pena confrontarmos as duas situações polares para entendermos que cada um de nós, isoladamente ou em grupo de interesses, defronta, mesmo no campo das acções económicas, este inescapável trade off que está, afinal, no centro da emergência da ética negocial e da mais badalada responsabilidade social das empresas.
Mas se assim é para o caso de um administrador do dinheiro de outros, que dizer do governo e dos governantes que, em permanência, gerem e utilizam o dinheiro dos outros para as finalidades comuns desses outros?
Em que situação a relação agente-principal é mais relevante do que aqui? E qual a relação que tem sido mais pervertida que esta, em que o agente tantas vezes se assume como principal e o principal se demite do seu papel?
É bom lembrar que, neste caso, o agente é o governo (em qualquer dos seus níveis) e o principal é o povo (sobretudo o povo pagante!) e não o contrário.
Se tivermos em atenção Adam Smith entenderemos que, facilmente, o agente, ou seja o governo, conduz os negócios com negligência e esbanjamento, que é preciso evitar a todo o custo. Negligência e esbanjamento, como salienta Adam Smith, que são comuns também às empresas não administradas pelos próprios donos (e mesmo essas...), mas para as quais se têm testado modelos de governação que minimizem essas perversões.
E para os governos, como minimizá las? Que tem sido feito, de verdadeiramente profundo, para discutir o verdadeiro papel do governo na actual situação de globalização, de interdependência e de profunda mutação tecnológica e escolher a orgânica e governação que melhor pareçam garantir uma eficiente e equitativa obtenção dos seus fins, entretanto claramente assumidos?
Já há uma década, num estudo sobre o assunto, escrevi:
O problema fundamental que deve estar em discussão não é a dimensão da intervenção do Estado em si mesma, mas se as despesas por ele efectuadas são de facto as escolhidas pelos cidadãos e, sendo o, se foram feitas de modo eficiente, isto é, atingindo os objectivos ao menor custo.
A resposta à primeira preocupação centra se na governance e na relação entre o Estado e a Sociedade Civil, designadamente como é que uma sociedade democrática reparte os poderes e obrigações entre a governance unilateral e a consensual. Ao contrário, a resposta à segunda preocupação tem muito mais a ver com a reforma do Estado, quer a que diz respeito à desintervenção quer, sobretudo, a que diz respeito à sua reorganização interna.
Uma década depois, infelizmente, não vejo razões para alterar nada, a não ser acrescentar uma pergunta:
Como poderá ser competitiva uma sociedade em que cerca de 50% (não interessa a guerra das décimas) do valor bruto gerado é utilizada pelo Estado sem critérios claros de governação e, portanto, com manifestos indícios de negligência e esbanjamento?